Distritos e suas comunidades
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Divisão das Capitanias |
A origem econômica e industrial do território de São Francisco do Conde, deu-se a partir da criação dos engenhos de cana de açúcar,
primeira e principal atividade econômica brasileira, período em que o
Brasil, como colônia, apresentou-se como a mais rentável de Portugal, exportando sua produção para Europa. Neste contexto surgia nosso município na política de capitania e sesmarias, dentre as quais surgiram
os Estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do
Sul, Pará e outros. "Das sesmarias, muitos municípios. Os antigos
povoados transformaram-se em vilas, em cidades sedes de municípios". Da sesmaria de Mem de Sá foi transformada em "São Francisco do Sítio", núcleo fundamental da formação futura do município de São Francisco do Conde, devido a sua localização em terras do Conde de Linhares, Fernando de Noronha.
Segundo Gilberto Freyre em seu livro "Nordeste" é feito uma descrição do tipo de
solo predominante no recôncavo e suas características que mais
favoreceram ao cultivo da monocultura açucareira.
O Massapê tem outra resistência e outra nobreza. Tem profundidade. É terra doce sem deixar de ser terra
firme: o bastante para que nela se construa com solidez engenho, casa e
capela. Nessas manchas de terra pegajenta foi possível fundar-se a
civilização moderna mais cheia de qualidades, de permanência e ao mesmo
tempo de plasticidade que já se fundou nos trópicos (Gilberto Freyre).
Na parte econômica e industrial, a antiga Vila de São Francisco
sobrepujou com a lavoura da cana-de-açucar. Possuia mais de cinquenta
grandes engenhos servidos a máquinas, cujos nomes eram: Engenho da Vila
(Fazenda de São José dos Palmares); da Cajaíba, Dom João, transformada
em usina; Vanique, fundada por um emigrante holandês, Baltazar Vanique;
Marapé, Macaco das Pedras, Gurgainha, onde nasce o Rio Joanes; São
Lourenço, também mudado para usina, Bananeiras, Colônia, hoje usina Santa
Elisa; Itatingui, Guaiba, Engenho d'Agua, do Monte, Paramirim, Nôvo, Quicengue.
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